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5 de abril de 2012

Conto: Implicância ou amor? (...)

Riley apertava a campainha da casa da família Carter impaciente. Mal ela tinha chegado e já queria ir embora. Não foi escolha sua fazer o trabalho com Ronald Carter, o garoto mais popular – e lindo! – de toda a escola. Na verdade ela faria o trabalho sozinha, já estava acostumada com isso.  Agora que estava parada ali – agora que estava parada na porta da pessoa que ela mais odiava, pra ser mais exata – ela amaldiçoou o senhor Willians, o terrível professor de matemática que passará aquele trabalho/castigo. Riley tocou a campainha pela última vez. Pronto, ela pensou, a sorte está do meu lado, vai me ajudar fazendo com que ele não esteja em casa. E cruzou os dedos. O que aconteceu nos estante seguinte só comprovou a sua teoria de nunca ter tido sorte. A porta foi aberta por Ronald. Tudo bem, ela pensava, é só manter a calma, logo vai terminar.


Ronald olhava-a com expressão cansada e surpreendida. Longos minutos se passaram até que ele decidiu fazer a primeira pergunta:
- O que você está fazendo aqui?
É típico desses atletas, só se importam com futebol. Estudar que é bom nada. Riley o esnobava firmemente.
- Trabalho de matemática, esqueceu?
Ele parecia realmente ter esquecido. Chegou ao ponto de corar. Uma parte de Riley achou uma graça, a outra se amaldiçoou por tal pensamento.
- Entra Riley, por favor. – Ronald abriu a porta completamente. Ele estava sem camisa, dormira pela tarde para compensar as noites de trabalho no posto de gasolina da cidade, não se esquecerá do trabalho, só esquecerá que era hoje. Ele nunca esqueceria algo que incluísse Riley McCaterney sua paixão secreta e não correspondida desde a quinta série.
- Pode sentar – ele sinalizou a direção do sofá -, eu estou indo colocar um camisa, já volto.
Riley achou que ele só queria se exibir. Assentiu indiferentemente e sentou-se no sofá. A casa dele era totalmente diferente do que ela pensará. Não tinha luxo, mas era de uma decoração simples e incrível. Era um lugar confortável e embora não tivesse nenhum atrativo fazia com que ela se sentisse em casa.
Ronald voltará do seu quarto já vestido e ficou só olhando para Riley que olhava pensativa para toda a sala. Ele sabia o que se passava na mente dela. Era o mesmo que passava na mente de todos os seus amigos. Todos se surpreendiam ao ver o interior da casa que ele morava. Todos pensavam que Ronald, por ser tão popular, morava em uma mansão ou algo do gênero. Ele queria impressionar Riley, mas quando viu aquele olhar de pena – que ele já conhecia bem – nos olhos dela, desistiu. Quer saber, ele pensou, ela que se foda. Eu quero alguém que goste de mim por quem eu sou.
Ronald sentou-se no sofá irritado por achar que ela seria diferente de todas as garotas.
- Porque você ainda não abriu nada? – Ele perguntou irritado.
- Desculpa – Riley falou envergonhada queimando de raiva.
- Você não faz nada né garota? Achei que por fazer o trabalho com uma nerd iria me ajudar, mas agora percebo que terei que fazer tudo aqui.
- Se você tá de mau humor é problema seu! – Riley se defendia ofendida – Eu também não queria fazer esse trabalho com você, mas aqui estou eu.
- Você não queria fazer o trabalho comigo? Você se acha melhor do que mim?
Riley ficou insegura. A voz de Ronald saiu triste, forçada, como se ele estivesse segurando o choro. Por algum motivo ela não queria vê-lo mau.
- Eu só queria entender porque eu te irrito tanto.
- Sabe o que mais me irrita?
- O que?
- O tamanho do meu amor por você!
Riley não se surpreendeu tanto, no fundo, ela também sentia aquilo.
- A líder do time de ciências amando o líder do time de futebol, o que será que as pessoas iram dizer? – Ela se declarou meio que perguntando.
Ronald sorriu sem acreditar em nada. Aquilo não deveria ser real, logo ele acordaria e se daria conta de que aquilo era só um sonho. Riley sentia-se da mesma forma.
- Eu não quero saber o que os outros vão dizer – ele falou -, contanto que eu esteja com você...
Ele deitou no colo de Riley que se deitou por cima do corpo dele, a felicidade por estarem juntos era tão grande que os impedia de fazer outra coisa a não ser se amarem. 

Esse é um conto feito por mim, espero que vocês gostem! 
- Xo, Gabriela 

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